quarta-feira, 6 de julho de 2016

OPERAÇÃO MERCENÁRIOS Tribunal manda soltar PM acusado de integrar grupo de extermínio

Claudemir Maia Monteiro foi preso no dia 26 de abril, durante operação realizada pela Polícia Civil


A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu liberdade ao policial militar Claudemir Maia Monteiro, preso em abril deste ano, acusado de integrar um grupo de extermínio que atuava na Grande Cuiabá.

A organização criminosa foi desmantelada no dia 26, durante a operação denominada “Mercenários”, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).  À época, 17  pessoas foram presas.

O desembargador Orlando de Almeida Perri e o juiz convocado Jorge Luiz Tadeu Rodrigues seguiram o voto do relator Marcos Machado, durante sessão ordinária realizada na terça-feira (5).

Com a decisão, Monteiro passa a responder o processo em liberdade. Ele não poderá, porém, conforme a ação, se ausentar da Comarca sem autorização prévia e terá que se recolher em sua residência no período noturno e nos dias de folga.

No habeas corpus, a defesa do policial sustentou que não há requisitos que justifiquem a prisão preventiva de Monteiro.

Segundo o advogado do PM, Marciano Xavier das Neves, a única acusação contra Monteiro é o empréstimo do seu carro para que fosse cometido um homicídio no dia 3 de março, em Várzea Grande.

No entanto, segundo o advogado, nesse dia, o PM estaria em um missão na região Médio- Norte do Estado e teria deixado o veículo no Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), no período de 1º a 10 do mesmo mês.

“O impetrante sustenta que: 1) inexistiriam indícios suficientes de autoria; 2) a decisão constritiva não estaria fundamentada em pressupostos da prisão preventiva; 3) o paciente possui predicados pessoais favoráveis por ser “primário, de boa conduta, com ocupação lícita e família constituída”, diz trecho do HC.

Grupo de extermínio

A operação foi batizada de "Mercenários", pois, segundo as investigações, havia cobrança de dinheiro pelas mortes "encomendadas".

O grupo é apontado como o responsável por uma chacina ocorrida no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, no dia 13 de abril.

Na ocasião, três jovens foram mortos.

Eles ainda são acusados de outros quatro homicídios ocorridos nos dias 3, 13 e 20 de março e no dia 5 de abril.

Entre as 17 pessoas presas, estão seis policiais militares, seis funcionários de empresas de vigilância, dois informantes, dois mandantes e um gerente de uma empresa.

Com os suspeitos foram apreendidas armas (espingardas calibre 12, pistolas 9 milímetros, revólveres) e munição, além coletes balísticos, placas de veículos, luvas, roupas camufladas e uniformes da PM.

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Fonte: Thaiza Assunção l Midia News

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